COSTUMES LOMBAGRANDENSES IV
COSTUMES LOMBAGRANDENSES IV
Entre os teuto-brasileiros a música, o canto e o espirito associativo são marcas especiais. Não admira, por isso, que uma bandinha deixa o pessoal da colônia feliz. Assim se entende o que significava dia de baile na colônia. O nome baile era substituído pela simples palavra “Mussick”, música. “Bai Allgayes iss Mussick de negste Sondach”, lá nos Allgayer, isto é, o salão com esse nome (hoje Secretaria de Desenvolvimento rural de LG), haverá baile no próximo domingo.
Duas coisas caracterizavam os bailes de antigamente: a “Tanzordnung”, a ordem das danças, e o “Saal-Meister”, o mestre sala. A ordem das danças era pré-estabelecida para cada baile e não era apenas um costume das Sociedades de origem alemã. Veja um convite com a sua respectiva “ordens de danças”:
Lomba-Grandenser Schützen-Club (Sociedade Atiradores Lomba Grandense) Baile em 12.5.1928: 1. Polonaise, 2. Walzer, 3. Schottisch, 4. Polka, 5. Mazurks, 6. Havaneira, 7. Damen- Walzer, 8. Polka, 9. Tiroler, 10. Lanceiros.
Komission: Alfons Konrath, Nicolau Plentz, Robert Linck, Willy Lindemeyer e Oskar Lindenmeyer.
A música marcada com “dama”, causava um alvoroço no salão porque eram as mulheres que convidavam os cavalheiros para a dança. Curioso é notar que em Lomba Grande, de predomínio absoluto germânico, dançava-se o Lanceiros que na verdade se chamava “Lanceere”, mas que infelizmente se perdeu no tempo.
Já o mestre-sala, cabia cuidar da orquestra e dos dançarinos, em termos de fiscalização da ordem e dos costumes. E a bandinhas...era uma época em que a única música que tinha, e eram essenciais em qualquer tipo de festa. A chegada dos músicos ao local da festa ou baile era um instante de emoção. “dia Musicande sinnschunn doo”, os músicos já chegaram. Autoria – Aurélio Strack.
Um dos registros mais antigos da bandinha dos “Konrath” em Lomba Grande.
Imagens
RELACIONADOS
Leia também